terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Esperançando

E quando eu pensei que não, te quis de volta. Te quis de volta como se nunca tivesse pensado em desistir. Te quis de volta com todas as forças do amor que ainda existe no meu coração. Você voltou, mas não ficou. Acalmou meu coração, mas não preencheu sua ausência. Te olhei como na primeira vez, e como na segunda, e como sempre te olhei: com amor. Tive certeza, tenho certeza do nosso encontro de almas. Queria que você aceitasse a nossa certeza e perdesse o medo. Amor da vida, dessa, das outras, de sempre, pra sempre.

domingo, 24 de novembro de 2013

Sábado

Era sábado. Bebemos um pouco mais do que podíamos. Cantamos. Chegamos perto demais. Falamos mais do que podíamos. Nunca mais me esqueci.

Era sábado. Eu de salto e você de polo. Falei mais do que pretendia. Você me correspondeu. A paixão transbordou em nós e nos entregamos.

Era sábado. Tinha música, tinha vodka, tinha noivos. Amei mais do que pensei. Você também. O amor transbordou em nós e nos entregamos.

Era sábado. Gravamos nossos nomes. Não sabíamos a data, mas isso nunca fez diferença. Bebemos, dançamos, escancaramos nosso amor transbordante.

Era terça. Terça não era um bom dia para nós. Não era sábado. Não era. Era terça. Eu chorei. E foi terça por 8 meses sem parar. E nunca mais será sábado novamente.

domingo, 15 de setembro de 2013

30

Então o tempo chega pra todas. Chegou pra mim. Não sou mais garota, os 30 batem à porta. Quem olha não diz, quem tem não sente, mas o tempo é inexorável. Mulher de 30, essa sou eu.

É bom, mas é estranho. Entrar nos 20 foi tão bom, tão intenso, tão irresponsavelmente gostoso. Entrar nos 30 dá medo.

Tenho medo da responsabilidade. Medo das cobranças. Tenho medo do mundo ao meu redor, me julgando pela minha idade. Tenho medo da seriedade imposta, da diversão negada. 

Me olham e se assustam ao saber da minha idade. Me invejam. Sim, idade é atitude e a minha atitude é jovem. Dentro de mim, vive uma menina ávida por felicidade e leveza. Menina de 30, essa sou eu.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Muita, incontrolável e infinita

Sei que não vai acreditar
Quando eu falar que eu choro distante de tudo
Que sem teu colo me vejo sem chão, nesse mundo
Que é tudo tristeza, é tudo saudade demais
E por mais que eu tenha o mundo nas mãos
Nada me satisfaz
E por mais que alcance o céu
A saudade me deixa assim
Um dependente seu
Me desculpa se o amor que eu sinto é forte demais
Me desculpa se o amor que eu sinto é forte demais
Sinto saudade da intimidade
Dos planos que juntos fizemos
Sinto saudade das nossas andanças
Da paz que vivemos
Sinto saudade do teu cafuné
Sinto saudade, que medo, dá frio!
Vejo o relógio correr, eu longe de você
E por dentro um vazio
Não, não quero mais viver assim
Eu sem você, a vida é tão ruim
A solidão toma o meu coração
E o teu abraço é meu refúgio sim
O meu amor é todo seu e fim
Eu me resumo e você e mim
Eu sinto falta dos seus beijos
Eu te desejo e grito não...
Sinto Saudade (Grupo Bom Gosto)

domingo, 1 de setembro de 2013

Feliz Dia dos (Não) Namorados!

Hoje é o dia do que poderia ter sido mas não é.
É quando se completam 3 meses de ausência.
Nesse dia, penso em você... Assim como ontem, anteontem e amanhã.
Sinto sua falta, sinto seu cheiro, sinto você ao lado, todos os dias.

Escrito em 12 de junho de 2013

Acordei

Um dia, acordei e não estava em Barcelona. Não estava com você. Nem em Israel, nem em Barcelona. Não tinha ido pra lá. Os nossos planos de aproveitar o resto das férias e ir pra Espanha juntos não tinham acontecido. Não tínhamos ficado no mesmo quarto, como havíamos combinado. Não tinha te dado o beijo que você me cobrou que já era sem tempo pra acontecer. Acordei. Acordei apaixonada.

Um dia, meio assim sem querer, transbordei. Transbordamos juntos. Não queríamos deixar ninguém perceber, ingênuos. Não deu. Não deu nesse dia, não deu em nenhum outro. Grudamos um no outro. Você grudou no meu coração. Então, todos os dias pareceram ser mais cheios de vida. Você deu vida a minha vida. E eu não queria acordar.

Um dia, eu acordei e você não estava mais aqui. Não estava com você. Nem em Israel, nem em Barcelona, nem no Rio, nem no trabalho, nem no Subway, nem no cachorro quente, nem na balada, nem nas nossas camas, nem em lugar nenhum. Acordei. Acordei triste e sem vontade.


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Cada um sabe a DOR de ser o que é

A tristeza ninguém vê e a dor também não. Ela é minha, só minha. Só eu sinto, só eu vejo, só eu percebo. Eu choro e digo que tá doendo. Alguns se comovem, me abraçam. Melhoro. Ela vem de novo, danada que é. Dói muito, dói a alma. Dói o estômago, as pernas, o peito, os braços, as costas. Dói pra respirar, dói pra comer. Dói a força, a esperança, o sorriso. Dói no sono, no bom dia, no trabalho, na festa, no boa noite, no tudo bem. Dói sem parar. Dói irritantemente. Ninguém vê, ninguém sente. Eu sim.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Tá garoando, meu bem

Por muito tempo, achei que tristeza fosse tempestade. Aquela chuvarada maluca que molha tudo, invade a nossa casa, nosso coração, nossa vida. Chuva daquelas que faz estrago, desmorona, alaga, arrasa, mata. Daquelas que leva tudo embora, até as lembranças dos dias felizes.

Descobri que tristeza é garoa. Chuva fininha que cai todo dia, o dia todo e não pára nunca. Quase não molha, quase não se sente... se por pouco tempo. Por muito tempo, vai molhando. Seca-se. Daqui a pouco, tudo molhado de novo. Não leva embora as lembranças, elas permanecem aqui, mas se molham também, ficam borradas, rasgadas, amassadas. Olhando, não se vê. Mas quem tá exposto sente. Chuva fina, quieta, que faz pequenos estragos aos poucos e em silêncio.

Tristeza é garoa. E eu sou São Paulo.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Cansada.

O cansaço é um filho da puta que toma conta da gente. E ele ta aqui, tomou conta de mim. Cansei. To tão cansada, tão sem forças. Me sinto como se tivesse dentro de um bote, dando a volta ao mundo, em posse de um remo só. Cansei e não dá pra voltar. Mas também não consigo ir pra frente. To perdida no meio do caminho, sozinha nesse mundo de nada, nesse vazio ao meu redor. Tem dias que faz sol, um céu azul tão lindo, que é como se brotasse uma faísca de energia dentro de mim. Eu remo um pouquinho, a correnteza me ajuda um pouquinho, eu me animo, sorrio até, tenho esperanças de que algum dia serei capaz de voltar a seguir em frente. Mas de repente, não sei de onde, chegam as nuvens, e o vento, e a chuva, e os raios e toda a tempestade que balança meu bote, me joga de um lado pro outro, me machuca, me deixa marcas, me tira as forças... To perdida no meio desse oceano gigantesco, fundo, perigoso, solitário. E cansei de remar.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Não há porque chorar por um amor que já morreu...

"Quem é você pra me chamar aqui se nada aconteceu? 
Me diz, foi só amor ou medo de ficar sozinho outra vez? 
Cadê aquela outra mulher? Você me parecia tão bem! 
A chuva já passou por aqui, eu mesma que cuidei de secar 
Quem foi que te ensinou a rezar? 
Que santo vai brigar por você? 
Que povo aprova o que você fez? 
Devolve aquela minha TV que eu vou de vez 
Não há porque chorar por um amor que já morreu 
Deixa pra lá, eu vou, adeus 
Meu coração já se cansou de falsidade"


Marcelo Camelo, seu lhyndo!

terça-feira, 11 de junho de 2013

Um bocado de tristeza

Nada melhor do que essa angústia no peito pra sentar e escrever. E toda aquela falta de palavras durante os dias regados de felicidades se foi. Sobra tristeza, sobram palavras.

Tristeza transborda no peito, dolorido, pulsante. Transborda na cabeça, lembrando, buscando, revivendo em flashes, indo e voltando, indo e voltando. Transborda nas pernas, inquietas, andantes, zigue-zagueando pela casa, deixando-se cair, descendo parede abaixo, costas raspando, estatelando no chão, pernas dobradas, joelhos apontando o teto, cabeça entre as mãos, soluços. Transborda nos olhos, líquida, salgada.

As palavras transbordam pelos cantos da boca e dos dedos e da cabeça. A tristeza empurra elas pra fora, dizendo pra elas: vão, digam pro mundo como é escuro aqui dentro; falem pra todos do aperto, do desassossego que existe aqui; berrem aos quatro ventos o sofrimento do bendito coração. Elas vão. Ninguém vê. Mas o colocar pra fora aquieta um pouco esse furacão sentimental  vulgarmente chamado de dor de cotovelo.

E cada vez mais que deveria doer menos acaba sendo o contrário. Pelo menos, escrevo mais assim.

"é preciso um bocado de tristeza, é preciso um bocado de tristeza...'

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Re-vida

Quase três meses parecem uma vida. Primeiro uma morte, depois uma vida. Uma re-vida, uma vida reinventada sem você. E preenchendo meus dias, vivo. Coloco aquele sorriso no rosto e vou. E rio, às vezes. Ás vezes lago, mergulhada em lágrimas, mas isso cada vez mais raro. E não paro. E hoje que parei, chorei. Porque os sorrisos são forçados, uma tentativa de fazer brotar a felicidade - e não o contrário. Porque as ocupações são efêmeras, perto da sensação de eternidade do amor que sinto. Porque a solidão assola a alma, mesmo que cercada de pessoas queridas. Porque os dias parecem em vão sem você para colorí-los. Porque a esperança não existe, mesmo que eu quisesse muito tentar cultivá-la. Hoje parei; e chorei. Porque ainda te amo.

Cansada

Às vezes, canso dos homens.

Não sei de onde sai esse ar superior, essa pose, esse nariz empinado-peito-estufado-andar-arrogante ao passar por uma mulher. Gosto de homem confiante, odeio homem prepotente.

Até quando eles vão achar que não consigo viver sem eles? Até quando eles vão deixar de atender o telefone porque acham que do outro lado tem uma maluca apaixonada? Até quando eles vão rejeitar um convite pro cinema por achar que a maluca apaixonada vai achar que estão namorandinho? Até quando eles vão ser cool pra evitar carinhos, porque a maluca apaixonada pode interpretar errado? Até quando eles vão achar que todas as mulheres do mundo sempre morrem de amores por eles e sempresempresempre querem namorar-casar-viver-feliz-para-sempre?

Me canso. To cansada.

Só não sei o que fazer com esse cansaço...

terça-feira, 14 de maio de 2013

Felicidade

Era uma vez a Felicidade. Ela era feliz, colorida, saborosa. Vivia alegremente, saltitando por aí. Acordava assoviando, sorrindo, cantando. Passava o dia a dançar, rodopiar... Ia dormir aconchegada, olhos cerrados e boca sorridente. 
Um dia, Felicidade morreu. Subiu aos céus. Reencarnou Tristeza.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Da vontade.

Os dias são longos demais. As noites curtas demais. O que era leve, gostoso e feliz transforma-se em tormento assim que os primeiros raios de sol adentram meu quarto. As horas se arrastam. Posso ouvir o ponteiro quase travar entre um segundo e outro. Sinto minha respiração, ela também não quer funcionar direito. Às vezes, tenho que puxar com força pra compensar o ar que se recusou a entrar. Nem ele quer estar aqui dentro, nem o ar. Abrir os olhos dói, levantar machuca, andar me rasga. Pensar me enfia a faca cega, milimetro a milimetro, rodando a ponta, sentindo-a entrar, forçando, difícil, mas firme. Sento. Apóio a cabeça em minha mãos, não tenho forças. Posso passar horas nesse movimento vou-não-vou. Posso passar dias nessa rotina. Posso passar meses nesse sofrimento. Posso passar anos nessa entrega.

Só que eu não quero.

Reage-me!

sábado, 6 de abril de 2013

Opções do Dia

[    ] Dormir e sonhar com uma outra vida, linda e colorida
[    ] Nascer de novo
[    ] Levantar a bunda do sofá e ir arranjar um almoço

domingo, 31 de março de 2013

sobre a surpresa que nunca aconteceu...

Se assim, de repente, você resolvesse me surpreender, eu não iria achar ruim. Me jogaria nesse vento novo, deixaria ele me levar pra você, sorriria ao pé do seu ouvido, sussurrando amor. Não haveria mais espaços, silêncios, ausências.

Essa surpresa se transformaria em mudança, em certezas, em presença.

Escrito em 12 de Junho de 2012

não quero...

Não quero mais ser gente.
Não quero mais ser mesquinha, egoísta, egocêntrica.
Não quero mais ser possessiva, ciumenta, maluca.
Não quero mais querer as coisas, as pessoas, os momentos.
Não quero mais ter que ter pra ser.
Não quero mais não bastar ser ou ter, mas ter que mostrar ter e ser.
Não quero mais ser olhada, observada, julgada.
Não quero mais falar, olhar, pegar, responder, agradar.
Não quero mais sentir, sofrer, chorar.
Não quero mais querer, precisar, necessitar.
Não quero mais muito menos amar.

Dá pra ser assim?

domingo, 17 de março de 2013

Indo

Sem ter nada a perder, deixou pra trás os sonhos, os planos, as expectativas e pegou o caminho da vida. Respirou fundo, olhou pro céu, fez o sinal da cruz, tirou o cabelo do rosto, secou o suor da testa, pegou sua bagagem infinita pesada de lições e colocou o pé na estrada. Lá ia ela rumo a vida. Peito aberto, coragem ausente. Sentiu o vento no rosto renovando as energias. Sentiu o sol na cabeça torrando as idéias. Sentiu a dor nos pés lembrando o quanto já havia caminhado e o quanto ainda havia de caminhar. 

Que bom que tenho pernas saudáveis e posso sempre voltar a tomar meu rumo. Que bom que tenho braços fortes e posso carregar minha bagagem de uma vida. Que bom que tenho disposição para procurar a fracote da minha coragem, que vez em quando resolve ir nessa e me deixar na mão. Que bom que tenho o sol na minha cabeça pra iluminar o meu caminho. Que bom que sempre é tempo de recomeçar.

Respirou de novo e deu o primeiro passo.

domingo, 13 de janeiro de 2013

please, don't!

"Don't let me down, don't let me down"

Mantra diário para afastar o medo crônico.