sexta-feira, 31 de maio de 2013

Re-vida

Quase três meses parecem uma vida. Primeiro uma morte, depois uma vida. Uma re-vida, uma vida reinventada sem você. E preenchendo meus dias, vivo. Coloco aquele sorriso no rosto e vou. E rio, às vezes. Ás vezes lago, mergulhada em lágrimas, mas isso cada vez mais raro. E não paro. E hoje que parei, chorei. Porque os sorrisos são forçados, uma tentativa de fazer brotar a felicidade - e não o contrário. Porque as ocupações são efêmeras, perto da sensação de eternidade do amor que sinto. Porque a solidão assola a alma, mesmo que cercada de pessoas queridas. Porque os dias parecem em vão sem você para colorí-los. Porque a esperança não existe, mesmo que eu quisesse muito tentar cultivá-la. Hoje parei; e chorei. Porque ainda te amo.

Cansada

Às vezes, canso dos homens.

Não sei de onde sai esse ar superior, essa pose, esse nariz empinado-peito-estufado-andar-arrogante ao passar por uma mulher. Gosto de homem confiante, odeio homem prepotente.

Até quando eles vão achar que não consigo viver sem eles? Até quando eles vão deixar de atender o telefone porque acham que do outro lado tem uma maluca apaixonada? Até quando eles vão rejeitar um convite pro cinema por achar que a maluca apaixonada vai achar que estão namorandinho? Até quando eles vão ser cool pra evitar carinhos, porque a maluca apaixonada pode interpretar errado? Até quando eles vão achar que todas as mulheres do mundo sempre morrem de amores por eles e sempresempresempre querem namorar-casar-viver-feliz-para-sempre?

Me canso. To cansada.

Só não sei o que fazer com esse cansaço...

terça-feira, 14 de maio de 2013

Felicidade

Era uma vez a Felicidade. Ela era feliz, colorida, saborosa. Vivia alegremente, saltitando por aí. Acordava assoviando, sorrindo, cantando. Passava o dia a dançar, rodopiar... Ia dormir aconchegada, olhos cerrados e boca sorridente. 
Um dia, Felicidade morreu. Subiu aos céus. Reencarnou Tristeza.