quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Parcialmente nublado com pancadas de chuva ao longo do dia

Acho que tenho alguma mágica conexão com São Pedro.

De manhã cedo, acordo parcialmente tranquila, olho pela janela e o céu está parcialmente nublado. Um solzinho querendo sair, mas meio com medo de mostrar as caras nesse mundão estranho. Acho que ele pensou que não valia a pena hoje. "Hoje não", ele deve ter pensado. "Hoje não", pensei eu. Mas ele ficou lá, indeciso, assim como eu fiquei, meio sem querer ficar.

De repente, ele resolveu que era hora de juntar seus raios e ir nessa. Partiu. No lugar dele, veio uma tempestade selvagem. Ou São Pedro está muito deprê ou muito puto da vida. Talvez, seja um mix moderado de cada uma dessas emoções. Assim como eu, nesse começo estranho de tarde, continuação esquisita de dia.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

racionalidade zero

dentro de mim, existem muitos sentimentos
do lado desses sentimentos, existem muitos pensamentos
dentro de mim, existe uma caixa
e dentro dessa caixa, existe um buraco negro que está sumindo com todos os meus pensamentos
os sentimentos, porém, continuam todos aqui

domingo, 13 de fevereiro de 2011

27 de março de 2010

Quando eu olho pra trás, não me arrependo de muita coisa. Para falar a verdade, de quase nada. Isso me deixa feliz e me assusta ao mesmo tempo.

Gosto da minha história. Gosto de olhar o que tenho hoje e me lembrar como foi conquistar. Gosto de olhar meus queridos e queridas e me lembrar dos caminhos por onde andamos juntos. Gosto de olhar as cicatrizes e ver que fui forte o suficiente para cicatrizá-las.

Hoje, me veio à mente uma parte da minha história em específico. Me lembrei de juntar minhas coisinhas, colocá-las no meu carro e levá-las até aquela casa, naquele conjunto, naquela QI do Lago Norte. Estava começando uma nova e toda nova época da minha vida. Voltar àquela casa onde havia vivido tantos bons momentos foi uma sensação de voltar ao lar. Me senti acolhida, amparada.

Passei bons dias em casa, sem querer sair, curtindo aqueles cantinhos, aquela biblioteca com suas prateleiras que sempre me enfeitiçaram. Nos primeiros dias, ganhei até uma roomate de fato e fiz coisas inéditas: dividi o quarto e tive companhia para conversar, compartilhar, emprestar roupa, assistir seriado e, melhor, dormir. Aquele sentimento de solidão escorreu ralo a baixo. Fui abraçada pela presença.

Hoje, quero guardar essa lembrança. Outro dia me lembro do resto.