terça-feira, 23 de março de 2010

E dentro do vazio...

Diante da felicidade, só nos resta gozar.
Diante do amigo, só nos resta abraçar.
Diante do problema, só nos resta lutar.
Diante do futuro, só nos resta esperar.
Diante do amor, só nos resta cultivar.
Diante da tristeza, só nos resta gastar.
Diante do tempo, só nos resta viver.
Diante da saudade, só nos resta lembrar.
Diante da realidade, só nos resta resignar.

sexta-feira, 19 de março de 2010


Procurando cores, achei vazio. Ausência de cores. Ausência de luz. Breu. Tristeza. Vazio.

Por mais que a vida seja repleta de infinitas cores, elas nunca são suficiente quando nos deparamos com esse vazio. Diante do vazio, as cores desbotam, derretem, se escondem.

Só uma cor não titubeia diante do vazio: a cor do amor.
Essa permanece, sempre, eterna.

Mesmo que ele nunca mais segure a minha mão.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Conversando e aprendendo

Eu gosto de conversar. Converso pelos cotovelos, pelas orelhas, pelos joelhos... Converso com os colegas de trabalho, com qualquer um que esteja sentado ao meu lado na faculdade, com o cara da padaria que me dá meu biscoito de queijo frito, com o dono do restaurante onde eu almoço, com o caixa do supermercado, com a senhorinha fofa que vende paçoca no sinal em frente ao trabalho... Ixi, eu converso até com a morena bonita que eu vejo no espelho do meu quarto todo dia.

Outro dia, conversando com a senhorinha da paçoca, ela me disse que tinha levado um tombo e, por isso, ficou um tempão sumida do sinal - e eu doida atrás dela pra pagar o 1 real que estava devendo. Eu tenho uma dozinha dela, tão velhinha e trabalhando na rua, ganhando tão pouquinho todo dia. E ela é toda fofa, eu queria trazer ela pra casa e cuidar dela.

Um dia mais atrás, lá pra dezembro, conversando com o senhor do caixa do supermercado, ele me disse que tava rolando uma super onda de cartões roubados sendo utilizados lá e que por isso ele estava pedindo meu RG. Eu falei que não tinha problema nenhum e ele me agradeceu. Diante da minha resposta amigável, "que isso, não tem problema nenhum", ele me disse que o povo não andava assim tão amigável por ter de mostrar o RG, tinha gente que estava sendo grossa mesmo. Já encontrei esse senhor várias outras vezes e ele é sempre muito simpático, fala "oi", agradece, deseja uma boa noite/tarde. Coisa rara de se ver.

Conversando com o rapaz da loja de conveniência do posto de gasolina, ele me explicou tudo sobre a Coca retornável. Conversando com o frentista desse mesmo posto, ele me explicou que eles não estavam mais aceitando cartões de uma certa bandeira porque, segundo ele, esses estavam sendo cancelados do nada, muitos deles eram roubados (que onda de cartões roubados!), só estavam dando prejuízo pro posto. Conversando com o frentista de outro posto, ele me explicou um monte sobre o sistema de arrefecimento do carro e da importância de usar um produto lá pra limpar esse sistema, porque a água do meu carro tava vermelho-terra-brasiliense. Os frentistas costumam ser cordiais e prestativos.

Tem um cara que cuida dos carros lá na faculdade que me disse que a filha dele número alguma coisa (estilo Silvio Santos) tem o meu nome.

Saindo de uma palestra na UnB, fui falar com uma bebê andante linda que estava andando pra lá e pra cá dentro do auditório onde estava tendo a palestra: 
- Você é bonitinha demais, bebê! Eu posso levar você pra casa?
- Não! - respondeu a pequena e esperta H. de 1 aninho.

Eu gosto de conversar e converso toda hora, em todo lugar, com todo mundo.
E sempre levo um poquinho de cada conversa comigo.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Que bom que você sabe, Lili!


As crianças são a fonte de inspiração do mundo.
Quer dizer, se não são, deveriam ser.

Sobre uma explicação acerca do significado de "popular:
"Ah, eu sei o que é popular. Tem uma menina na minha sala que ela é amiga de todo mundo da escola. Nossa, ela conhece todo mundo! Ela adora dizer que é popular. Mas ela é metida, isso sim!" (Julia, 7 anos)

Sejamos curiosidade.

Sejamos criatividade.

- Professora, por que você tem cabelo no braço igual a Tata?
- Quem é Tata?

- Uma menina do meu colégio.

- Ah... E ela tem cabelo no braço assim, igual a professora?
- Ela tem cabelo no corpo inteiro!
(Tiago, 6 anos)

Sejamos impulsividade.
Sejamos sinceridade.

- É, fica aí com a Lulu, eu sei que você gosta mais da Lulu mesmo. Pode ficar aí com ela, eu sei que você gosta mais dela, eu sei...
- Que bom que você sabe, Lili!

(Lucas, 5 anos)

Sejamos leveza, amor, esperança.
Sejamos crianças.