domingo, 13 de fevereiro de 2011

27 de março de 2010

Quando eu olho pra trás, não me arrependo de muita coisa. Para falar a verdade, de quase nada. Isso me deixa feliz e me assusta ao mesmo tempo.

Gosto da minha história. Gosto de olhar o que tenho hoje e me lembrar como foi conquistar. Gosto de olhar meus queridos e queridas e me lembrar dos caminhos por onde andamos juntos. Gosto de olhar as cicatrizes e ver que fui forte o suficiente para cicatrizá-las.

Hoje, me veio à mente uma parte da minha história em específico. Me lembrei de juntar minhas coisinhas, colocá-las no meu carro e levá-las até aquela casa, naquele conjunto, naquela QI do Lago Norte. Estava começando uma nova e toda nova época da minha vida. Voltar àquela casa onde havia vivido tantos bons momentos foi uma sensação de voltar ao lar. Me senti acolhida, amparada.

Passei bons dias em casa, sem querer sair, curtindo aqueles cantinhos, aquela biblioteca com suas prateleiras que sempre me enfeitiçaram. Nos primeiros dias, ganhei até uma roomate de fato e fiz coisas inéditas: dividi o quarto e tive companhia para conversar, compartilhar, emprestar roupa, assistir seriado e, melhor, dormir. Aquele sentimento de solidão escorreu ralo a baixo. Fui abraçada pela presença.

Hoje, quero guardar essa lembrança. Outro dia me lembro do resto.

Um comentário:

. disse...

Linda, me senti abraçada também por essas lembranças e me emocionei com o jeito que sentiu tudo isso. Coisa mais gostosa foi passar por um momento tão difícil na minha vida e ele ter sido LINDO, por mais estranho que possa parecer. Foi lindo, era delicioso chegar em casa e ter você, sair à noite e ter o dobro de blusinhas pra escolher, de maquiagens pra usar, uma companhia pra jantar e uma irmã na cama ao lado, pra lembrar que a gente não tá mesmo sozinha.
Eu aqui, hoje à noite no meu outro quarto já quase todo despido das coisinhas que faziam ele meu, e não apenas um quarto num apartamento, é muito fácil me sentir sozinha e meio largada no mundo, sem casa. Tudo o que eu precisava era lembrar que casa não é um lugar, mas as pessoas que nos fazem pertencer onde estivermos.
Te amo!